quinta-feira, 20 de junho de 2013

Cobras e Lagartos!

Pessoal, essa noite foi punk! Acordei as 3h40 da manhã e não consegui mais dormir. Puta que pariu!!!! Eu tinha aula hoje as 8h, eu PRECISAVA dormir! Mas de algo valeu essa noite em claro. Pensei num post. Fiquei pensando na quantidade de palavrões que falo e como surgiu esse apelido DERCY. Então decidi contar, desde os primórdios, como foi se formando em mim, a pequena Dercy.
Essa criança adorável na foto, sim meus caros, sou eu. Gracinha né? Eu era uma criança tímida, acreditem. Tinha muuuuito medo de falar com adultos e em público. Só me soltava se estivesse cantando. Eu sempre fui a mais alta da classe e bem piolhenta. Véi, minha mãe passava de um tudo na porra da minha cabeça, até remédio pra pulga, para ver se acabava com a desgraça dos piolhos. Mas um dia, eles cansaram de mim e foram embora. Enfim, quando criança, eu não demonstrava que seria tão boca suja, afinal, eu era uma das melhores alunas da classe, e até nos fins de semana eu queria ir pra escola. Mano, tem noção que um dia eu fiz minha mãe me colocar o uniforme e meu pai me levar na escolinha EM PLENO SÁBADO??? Se fosse filha minha eu teria socado numa caixa e tirado de lá só na segunda. Mas daí, veio o primeiro palavrão...

Caaaara, o primeiro palavrão a gente nunca esquece. E o pior é o que o meu foi sem querer! Juro por Deus que não queria ter dito. Eu pensei em uma palavra inocente, mas a minha boca maldita soltou o lazarento do palavrão. Eu estava jogando Bets na rua com uns amigos. Com toda criança, teve briga por causa de um taco entre eu e outra menina (mulheres desde de sempre brigando por um pau, hauahuah). No meio da gritaria, minha mãe aparece na janela de casa com uma prima do meu pai, que pra ajudar era crente e fica pedindo para eu entrar "pra dentro" de casa. Num impulso, fui xingar a criatura que ficou com meu pau, digo, taco. Daí veio a bosta: Meu cérebro pensou: BURRA. Minha boca disse: Buc*#$%@.  

Silêncio

Minha mãe na janela mais branca que o Michael Jackson depois da 300ª plástica. A prima crente, tentando fazer a situação parecer normal dizendo "Ha ha, crianças dizem cada uma né?" E eu...Eu estava tentando entender porque caralhos minha cabeça pensou uma coisa e minha boca disse outra...Porra, não é o cérebro que comanda tudo? 
Eu entrei quietinha em casa. Meu pai e o primo bebendo cerveja não ouviram a merda (Graças a Deus). Minha mãe já estava um pouco mais corada. A prima continuava com um sorrisinho amigo, do tipo, tá tudo bem, só que não, e eu com o cuzinho na mão. Não passava nem um hidrante, de tão apertadinho!

Depois disso, nunca mais falei palavrão perto da minha mãe. Apesar de ouvir muito palavrão nos bares que eu ia com meu pai. Um que eu adorava era o "Puta que la merda". Aqui na minha cidade, não ouço muito as pessoas usando, mas em Campinas e Sumaré, era o predominante. E tipo, acho que o "La" dá poesia ao palavrão, sabe? Fica bonito. Até romântico. Um que eu adorava, era o "CaralEo". Mudava o palavrão, mano, mó desenvoltura desse povo de mudar as coisas. Adoooro. Esse meu pai sempre disse "cazzo", em italiano. Achava chique, mas sempre soube que se tratava de caralho.

Daí veio a adolescência, idade do cão, eu era o cão, e eis que minha professora de psicologia no magistério me disse que para eu extravasar eu deveria procurar uma válvula de escape. E eu comecei a falar os palavrões de novo em casa. Comecei com um cacete aqui, um bosta ali. Soltava um inferno de vez em quando. Até o dia que falei toba e minha mãe morreu de rir. Quando ela riu do toba, pronto! Vi que tinha um jeito de falar palavrão e ser engraçado, e assim eu extravasava. Por isso comecei a inventar um jeito de dizer palavrão que as vezes choca as pessoas, mas que também é engraçado, e assim, ganhei da minha amada amiga Chris o apelido de DERCY.  Thank You amiga!!!


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